A corrida em direção à integridade científica segura e eficiente está em pleno andamento. Trago hoje um exemplo de iniciativa com essa meta. Julguem por si mesmos se acham que será eficiente, se apenas vai quebrar o galho por enquanto, mas precisa de mais desenvolvimento para ser efetiva ou se não servirá para nada no futuro!
Integridade de imagens: A imagem engraçada acima é o ponto de partida da matéria no Retraction Watch, onde Mike Rossner (fundador da empresa Image Data Integrity) faz um breve histórico de 20 anos de detecção de imagens manipuladas, desde a época em que era editor do Journal of Cell Biology. Vale a pena ler como foi que chegamos nos dias de hoje, com a percepção de que esse é um problema muito mais generalizado do que costumamos achar. Como todos sabemos, manipulação de imagens é uma prática tão velha quanto desenhar (que tal tumbas egípcias?), pintar (qualquer museu com pinturas de nobres e reis?) ou fotografar (que tal um photoshop?), mas com a advento das novas tecnologias digitais a questão toma proporções imensas. Na área científica progredimos para a) uma clara consciência de que o problema existe, b) que os editores precisam aperfeiçoar os instrumentos de detecção de falsificações (ou mesmo simples modificações não informadas pelos autores) e roubos, pois as ferramentas disponíveis ainda não cobrem a problemática de modo completo, c) que os financiadores podem contribuir com o rastreamento que se faz cada vez mais necessário e d) que temos já hoje um exército crescente de pessoas interessadas e habilitadas em fazer o rastreamento visual direto, ainda essencial para a detecção precoce e o mais certeira possível de imagens fraudulentas. Vejam a íntegra em: What’s in a picture? Two decades of image manipulation awareness and action – Retraction Watch.
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